A intervenção cirúrgica para remover a vesícula biliar, chama-se colecistectomia, é uma das operações mais comuns realizadas nos adultos.
A vesícula biliar não é um órgão essencial, o que significa que uma pessoa pode viver normalmente sem vesícula. Uma vez removida vesícula biliar, a bílis que sai do fígado através do colédoco vai directamente para o duodeno, em vez de ser armazenada na vesícula biliar.
Existem essencialmente dois tipos de colecistectomia:
- Colecistectomia laparoscópica – Na colecistectomia laparoscópica, após anestesia geral, o cirurgião faz 3 pequenas incisões no abdômen (com cerca de 2cm) e insere um laparoscópio (um tubo fino com uma pequena câmara de vídeo na extremidade que envia imagens de alta resolução para um monitor). Através de outras duas pequenas incisões o cirurgião utiliza vários instrumentos para separar cuidadosamente a vesícula biliar do fígado, vias biliares, e outras estruturas. No final a vesícula biliar é extraída através de uma das incisões. A maioria das colecistectomias de hoje em dia são feitas com esta técnica. O tempo de internamento é no geral muito curto com pouco desconforto. A actividade física normal pode ser retomada após um intervalo de tempo relativamente curto.
- Colecistectomia clássica – Quando a vesícula biliar está muito inflamada, ou se existem cicatrizes de outras operações opta-se geralmente por realizar uma incisão no abdómen com cerca de 25cm através da qual o cirurgião remove a vesícula.
O internamento é geralmente cerca de 7 a 10 dias. Há geralmente necessidade de mais medicação para o controle da dor. A actividade física no geral pode ser retomada cerca de um mês depois.
Após a colecistectomia há uma pequena percentagem de pacientes que, por um período relativamente breve, têm fezes moles e dejeções com mais frequência. Isto acontece porque a bílis à medida que é produzida no fígado já não é armazenada na vesícula e é despejada diretamente no duodeno.
As complicações da cirurgia da vesícula biliar são raras, sendo a mais comum a lesão de vias biliares (em menos de 1 por cento das colecistectomias). Uma ou mais operações adicionais podem ser necessários para reparar os ductos biliares.